sexta-feira, 23 de julho de 2010

O não dito

Não. Não nesta noite. Não aqui e não neste momento. Não foi, definitivamente este o combinado. Eles estavam ali o tempo todo, gritando para você.  Os tais sinais que insisto em não perceber.
Minha miopia cega-me  por completo diante de fatos que outrora considerava infudados. Mas agora sim, fazem todo o sentido.
O não sexo faz com que experimente outras sensações. A não carícia, o não toque, o não suspiro e o não gemido. As não descobertas, o não calor e o não gozo. O não tudo!
Não foi assim e, tampouco ouso afirmar se algum dia será. E o que resta desta não noite...gélida...é apenas mais um corpo solitário, estirado numa cama de um quarto escuro qualquer. Perdida em pensamentos e engolida pelo armargor daquilo que não foi dito.

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