domingo, 6 de novembro de 2011


Seus dedos iam deslizando pela parede áspera e seus olhos seguiam procurando no chão um lugar seguro para seus pés pisarem. Enquanto passava seu cheiro ia perfumando o caminho e invadindo todos os cômodos da casa. Ela estava insegura, mas não queria voltar atrás.
Se aproximava da porta e o corredor ficava cada vez maior atrás dela. Tocou levemente a maçaneta e, por um segundo, quis sair correndo. Pensou em desistir, mas algo mais forte a forçava ficar. Segurou a maçaneta, agora mais forte e empurrou a porta, revelando do outro lado um quarto iluminado por velas e um corpo moreno, envolto a lençóis brancos a sua espera.
Sentiu seu corpo congelar e ficou ali, parada, em pé na porta. Não conseguia mais dar um passo sequer, não tinha coragem, não fazia sentido, não sabia o que fazer, como agir. A morena levantou-se e foi lentamente caminhando em sua direção, sorrindo. Estendeu-lhe a mão e a conduziu para dentro. Envolveu-lhe num abraço, passou a mão por suas costas e tirou-lhe a blusa, dizendo que assim ela se sentiria mais confortável.
Deixou-se levar pela morena, totalmente passiva a todas aquelas carícias, a todos os toques. Sentiu seu corpo se arrepiar nas experientes mãos da morena, que lhe arrancava suspiros e gemidos a cada movimento.
Se enroscou nos braços daquela que pela primeira vez a fez se sentir completa e, com um largo sorriso de satisfação adormeceu.