sábado, 26 de fevereiro de 2011

cegueira

Minhas mãos seguem ávidas à procura de um apoio, um lugar onde possam encontrar um meio de me guiar na escuridão. O caminho que parecia claro e fácil de trilhar, parece-me agora algo tão obscuro. Mas os sinais estão ali, eles sempre estão. Eu os percebo, mas algo me faz não querer enxergá-los.
Mais uma vez a razão luta contra o coração. E desta vez prometi a mim mesma dar mais atenção a razão. É como uma simples equação matématica. 1+1 tem sempre que dar dois. E quando isso não acontece há algo errado.
Eu tenho a paz, mas ela precisa de guerra. 
Eu tenho a calma, mas ela procura a tormenta.
Eu tenho um coração, mas ela quer apenas corpos, sem nomes, sem identidades, sem vínculos, sem romance, sem rostos, sem rótulos.
Apenas corpos.
E eu...eu me apaixonei. E estraguei tudo!



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

tô em liquidação...



...meu coração tá de brinde.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

gramática

Vamos mudar o tom. Em bom português, juntar nossas sílabas e formar um encontro consonantal. Sem me importar com as regras, novas ou velhas, você e eu, juntas, seremos hiato. Dois corpos que não há Aurélio que separe. Escrever sem parágrafos nas linhas de seu corpo todo meu sentimento. Pontuar minhas rimas e meus desejos. Sem métrica, seremos poesia concreta.
Eu, sujeito do verbo amar, você.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

minha menina

Fui eu quem conseguiu invadir o seu sossego, tirar seu sono. Fui eu, mulher, a responsável por devolver o brilho aos seus olhos esmeralda. Eu que lhe arranco meios sorrisos e transponho lentamente sua muralha. Confie em mim. Nos meus braços você pode deixar de ser esteio, mulher fortaleza, para ser a menina que seu rosto denuncia, minha menina.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sua

Fuckin Perfect - Pink


"...Pretty pretty please don't you ever ever feel

Like you're less than fucking perfect

Pretty pretty please if you ever ever feel

Like you're nothing you're fucking perfect, to me..."


Vem, deixe-me despi-la do passado e toca-la com mãos firmes de quem sabe o que quer. Olhar com olhos de um futuro bom e ama-la como nenhuma outra jamais conseguiu. Deixe que com o toque de meus dedos em seu rosto, o semblante de tristeza dê lugar à felicidade. Já estou à caminho, deixe-me entrar.  Permita-me conhecer seu íntimo, seu cheiro, seu gosto, suas manias; desvendar sua alma, conhecer você. Ser calmaria, paz. Quero ser somente sua e de ninguém mais. 





 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Elas II


(...) Queria se aproximar, mas não sabia muito bem como agir. Bastou olhar para ela para perceber que o caminho estava livre, notou em seu rosto aquele sorrisinho de lado, gostoso, como só ela saber sorrir.
Aproximou-se por trás, enroscou os dedos em seus cabelos, encostou seu corpo ao dela e disse em seu ouvido as únicas palavras que sua boca conseguiria pronunciar: Vontade de desvendar tuas malícias.
Sentiu em seus póros o arrepio de quem já estava completamente entregue e, finalmente teve em seus braços a mulher de seus sonhos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

elas



Fechou os olhos tentando criar na mente alguma cena em que estivesse com você. No ouvido, os fones vibravam ao som de uma música alemã que ela não entendia uma palavra sequer, porém a melodia fazia seu pensamento flanar.
Desejava te-la cada dia mais, mas não sabia bem como agir, afinal, nunca fora muito boa com flertes. Naquela noite em que se encontraram não conseguia tirar os olhos de cima de você, achava graça das piadas que contava e ficava imaginando como seria seu beijo. Seu sorriso encantador e seus olhos brilhantes a deixavam inebriada. Ela sabia que era diferente demais de você e, por isso, acreditava que jamais conseguiria chamar sua atenção.

(...)